ILUMINISMO É ILLUMINATI
Por: Historiador Valdemir Mota de Menezes,
o Escriba
A principal luta do Iluminismo não foi por
razões científicas, mas tirar Deus do centro das questões e colocar o homem
como o centro ideológico. Mas não podemos negar que aquele período conturbado,
abriu as portas para que o Evangelho fosse difundido sem as restrições da
Igreja Católica que mais afastava o homem de Deus e mantinha uma ditadura
tirana, A Igreja católica se pos na porta do céu, nem entrava e nem deixava os
homens entrar. Por isso a queda do poder temporal da Igreja Católica
possibilitou avanços em todos os seguimentos da sociedade, nas ciências, nas
artes, na religião e na liberdade. Nessa onda de liberdade, os illuminatis
tentaram enterrar o Evangelho juntamente com a Igreja Católica.
Iluminismo
De um modo geral, os diferentes
estudiosos envolvidos nesse movimento intelectual acreditavam
no poder da razão para “iluminar” a realidade, livrando-a do
obscurantismo
e da superstição.
O referido movimento simboliza o apogeu das grandes transformações
iniciadas no período renascentista. Os campos da fé (religião) e
da razão
(ciência) sofreram uma cisão com o advento do antropocentrismo e
do
individualismo no Renascimento, o que determinou profundas
mudanças
na forma de pensar e agir do homem.
O Iluminismo realçou os valores burgueses, favorecendo a ascensão
dessa camada social. Rompeu paradigmas ao propor novas
formas de pensar, procurando uma forma racional para explicar
todas as coisas. Rejeitava, portanto, valores pregados pela Igreja
durante
o período medievo, com predomínio de uma visão teocêntrica.
O conhecimento para a convivência harmoniosa e a liberdade para
atingir
a felicidade só seria plausível mediante a razão, segundo os
iluministas. A
razão era, portanto a base para toda e qualquer compreensão e
domínio
da natureza.
Origens do Iluminismo.
Ao contrário do que muitos apregoam, os ideais iluministas não se
originaram
somente no século XVIII, com o advento dos processos
revolucionários.
Os princípios do pensamento iluminista, caracterizados pelo
desenvolvimento
do pensamento científico, liberalismo e racionalismo, remontam a
alguns pensadores do século XVII, como René Descartes —
considerado
o “pai da filosofia moderna” e, cuja obra principal é precursora
do racionalismo
— e John Locke — pensador de tendências liberais que se opôs
veementemente às teorias absolutistas impostas por Thomas Hobbes.
Seu
pensamento foi influenciado pelo empirismo de Francis Bacon.
Segundo
os empiristas e como o próprio nome sugere, o conhecimento
origina-se a
partir da experiência. Finalmente sir Isaac Newton, revolucionou o
pensamento
na Época Moderna. Para Newton, o Universo não consistia em algo
estático, mas em contínuo movimento.
As idéias iluministas surgiram concomitantemente aos problemas
enfrentados
pela burguesia, sobretudo aos relacionados à intervenção do Estado
na economia, o que de certa forma tornou-se um entrave às
pretensões
dessa camada social. Para tanto, propunham uma reformulação
estrutural
da sociedade e cujos principais valores estavam centrados no
bem-estar
e no progresso.
Em síntese, as principais conseqüências do Iluminismo
foram: mudanças significativas nas questões jurídicas,
aparecimento do despotismo esclarecido em diversos países
europeus, criação de bases ideológicas para movimentos de
contestação,
influência marcante em diversos setores do desenvolvimento,
restrições
ao poder político da Igreja.